PT Spot Films / Vídeo Brinquedo / Toyland Video / Crianças Inteligentes / Jovem Pan Kids - A simbiose entre marketing agressivo, conteúdo infantil e jeitinho brasileiro.

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Sparky Lurker

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Dec 6, 2017
Conheça a empresa autora do maior fever dream de animações 3D dos anos 2000: Video Brinquedo



Vídeo Brinquedo foi uma empresa que dublava animações estrangeiras que depois de um tempo decidiu fazer sua próprias animações 2D com a qualidade made in brazil para vender brinquedos baseados em tais animações, por fim fez animações 3D usando uma criatividade estupenda se baseando no que era famoso na época para o máximo lucro levando sua infâmia na internet internacional por muitos anos, hoje em dia a empresa é apenas uma sombra do que era passado sendo apenas mais um canal educativo genérico no Youtube Kids, que mesmo assim conseguiu um contrato com a Jovem Pan.

A origem da empresa é um pouco confusa, a versão mais famosa por aí diz que ela foi fundada por Fernando Francielli e Alexandre Machado em 1994 pelo nome de VBF Produções, porém de acordo com o Linkedin ela foi fundada em 1995 por Marco Dutra pelo nome de Spot Films:

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Independente de sua origem, a empresa só começou a atuar no mercado com o nome de Spot Films em 1999, localizando muitas fábulas infantis produzida mundo afora em formato de VHS e mais tarde em DVD:



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Em 2003 começou a licenciar IPs famosas como Luluzinha, Sonic X (com parceria da Jetix) e Super Mario Bros 3 ( fazendo a dublagem do mesmo pela terceira vez), nessa época também começou a usar o nome " Vídeo Brinquedo" aos poucos:

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Em 2003 mesmo a Spot Films, já com o nome Video Brinquedo, apostou em sua primeira animação, Mike Ensina Inglês, que vendeu bem pouco:



Porém não desistiram e logo deram sequência com fábulas como "A lebre e a tartaruga" e "A cigarra e a formiga":




Nos créditos das animações dois nomes chaves surgem que iriam definir a personalidade da empresa nos anos seguintes, Mauricio Milani e Ale McHaddo:

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Mauricio Milani um ex-gerente de telemarketing e de softwares educacionais que por algum motivo acabou encarregado de gerenciar a maioria dos projetos de animações da Video Brinquedo.
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Ale McHaddo o dono da empresa 44 toons e criador de animações nacionais famosas como a "Lasanha Assassina" e "Osmar, a primeira fatia do Pão de Forma", foi responsável pela grande maioria das animações da Video Brinquedo, servindo de Think Tank, como o mesmo hoje em dia não menciona suas obras na empresa, é bem capaz dele estar tentando esquecer essa fase turbulenta de sua carreira.

Até 2006 a Video Brinquedo fez várias animações 2D baseado em fábulas conhecidas como: Os 3 porquinhos, Chapeuzinho vermelho, Rapunzel, Cinderela , Pinóquio e Alice no País das Maravilhas:








Em 2006, Mauricio Milani percebeu um padrão em uma das animações cristãs que licenciaram em 2001, Reino Submarino, perceberam que na época que foi lançada tinha ido muito mal no mercado nacional, porém depois do lançamento de Procurando Nemo, por causa da similaridade do design dos personagens, a animação começou a vender bem e ideias começaram a pipocar na mente de Mauricio:

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Com isso nasceu a primeira animação 3D da Video Brinquedo e um dos seus maiores sucessos e motivo de orgulho até hoje: Carrinhos.

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Carrinhos fez tanto sucesso, que produziram mais 36 episódios até 2011:

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Carrinhos também ganhou um spin-off com personagens bem mais horripilantes: Barquinhos, porém diferente de Carrinhos, apenas 3 episódios foram produzidos:

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Ambas séries tiveram sua própria linha de brinquedos:

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Se tivessem feito aviõezinhos hoje poderiam acusar a Disney de plágio...

Em 2007-2008 a Video Brinquedo lançou as duas piores abominações que iria marcar a presença no hall da infâmia na internet internacional ao lado da pérola brasileira que foi o "2 girls 1 cup" nos anos 2000: Ratatoing e Ursinho da Pesada:

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Teve até mascote comemorando lançamento do segundo filme:

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Em 2008 Marco Dutra tem a brilhante ideia de começar a exportar essas obras primas mundo afora, eternamente cravando a marca da Video Brinquedo nos salões da degeneração da internet:

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A infâmia dessas duas animações foi tão grande que até o Incrível Mundo de Gumball deu uma zoada nelas em um episódio de 2012:



Paralelo as obras primas de Ale McHaddo, outra animação 3D que a Video Brinquedo lançou na mesma época foi Gladiformers, que até ganhou uma sequência, esses 2 lançamentos teve zero envolvimento de McHaddo, ironicamente alguns críticos dizem ter sido a animação 3D mais decente da Video Brinquedo, outra coisa notável que essas animações tiveram a participação de um trilha sonora composta pelo Músico Kiko Loureiro:

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Obs: Infelizmente o primeiro filme só achei completo em inglês:





Continuando com os -inhos, em 2008-2009 a Video Brinquedo lançou Robozinhos e Abelhinhas, o segundo até que ganhou alguns episódios paralelos e brinquedos, mas como Barquinhos não foi muito longe :

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Em 2008 voltam brevemente ao 2D e lançam o seu segundo maior sucesso, perdendo apenas para Carrinhos: Escola de Princesinhas




Como Carrinhos fizeram mais 4 temporadas dessa série até 2011, e até mesmo brinquedos:

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Em 2009 a Video Brinquedo lançou 2 animações bizarras que se complementavam: Monstros e Monstrinhos e Voando em Busca de Aventuras, ambos baseados em Monstros vs Alienígenas e Up!, uma coisa notável que muitos críticos apontaram é que no segundo filme os protagonistas agem de forma meio racista com um personagem Francês e Chinês durante o longa:

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Obs:Apesar da animação aqui na thread ser em inglês, tem um versão dublada na UOL Tv:




O último longa que a Video Brinquedo lançou, servindo de "swan song" foi: A princesa e o Sapo, em 2009:

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Obs: Como não achei o longa nem em português e nem em inglês, fique com a crítica de um aleatório, também aprenda as brasileiragens da Video Brinquedo onde fazem um pack de 4 animações onde a propaganda maior é de uma animação que nem foram que eles que produziram:



Até 2011 foram produzidos mais temporadas de Carrinhos e Escola de princesinhas e por fim há um completa debandada de funcionários, incluindo as pessoas chaves como Mauricio Milani e Ale McHaddo que foram perseguir suas carreiras solo.

Marco Dutra por sua vez decide ressuscitar a Spot Films e mudou o propósito de em vez de importar animações estrangeiras, decidiu usar para um bem maior e localizar séries nacionais para outras línguas:

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Graças a debandada de funcionários da Video Brinquedo, o período mais autístico da indústria de animação nacional chega ao seu fim, porém a empresa em si ainda teria gás suficiente para lembrar a todos de seu legado, mas apenas como uma sombra dos seus dias de glória.

Conheça o encarregado do fardo de ser o diretor atual da empresa responsável pelo maior fever dream de animações 3D dos anos 2000: Marco Botana

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Tudo que indica é que o mesmo já trabalhava lá antes de substituir Mauricio Milani, mas em um cargo menor:

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Nessa mesma época Marco Botana decidiu remasterizar a maioria das fábulas antigas na época 2D da Video Brinquedo, mas como agora o staff da empresa era bem menor a qualidade das animações ficaram bem mais toscas e em vez de vozes só havia grunhidos, como no caso dessa reinterpretação dos 3 Porquinhos:



Pode se dizer que de 2012 até 2019 a empresa ficou nesse estado pseudo-dormente se refugiando nas profundezas do YT Kids.

No segundo semestre de 2019 o inesperado acontece e Marco Botana começa um contrato com a Jovem Pan, criando assim a Jovem Pan Kids revigorando a existência da empresa:



Marco Botana também acabou fazendo um rebranding mudando o nome de Video Brinquedo para Crianças Inteligentes:

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Também começou séries novas como Pinguinho e sua turma, que falava das aventuras educacionais de uma gota de chuva, no momento com 4 episódios:






Ou essas criaturas nerds chamados Coda, que parecem que sairam do uncanny valley para dar dicas de programação e falar sobre o universo:




E também como não podemos esquecer dos inesquecíveis hits compostos pelo próprio Marco Botana: Xixi, cocô e pum, já disponível no Itunes.

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Isso tudo e muito mais você pode adquirir de forma completa e sem propagandas em pacotes educacionais de assinaturas mensais:

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Em 2019 Marco Botana também prestou uma entrevista confirmando muitas das coisa já ditas nessa thread:

https://nerdinterior.com.br/artigos/entrevista-videobrinquedo/ (https://archive.md/3zmqJ)

Em uma andança por alguma das grandes lojas de departamento brasileiras, você já deve ter se pego revirando uma prateleira de DVDs em promoção. Bom, isso se você sabe o que é um DVD… Mas enfim: durante esta peregrinação, muito provavelmente você já se deparou com alguns títulos, no mínimo, inusitados.

Ratatoing, Carrinhos, Ursinho da Pesada e Abelhinhas pareciam bem semelhantes a títulos lançados por gigantes como Disney Pixar e Dreamworks. Porém, tratam-se de obras brasileiras produzidas pela VideoBrinquedo, empresa que, inclusive, foi acusada de clonar as produções americanas. No entanto, é realmente assim que a empresa trabalha?

Para esclarecer essas e outras dúvidas, decidimos bater um papo com Marco Botana, diretor da VideoBrinquedo, que muito gentilmente nos concedeu esta entrevista. Vem conferir!

Nerd Interior – A VideoBrinquedo nasceu em 94, como distribuidora de filmes. Depois de um tempo, passou a produzir os próprios longas-metragens de animação. Como e porque se deu essa transição, e em que ano ela ocorreu?

Marco Botana – A VideoBrinquedo, até 2000, comprava direitos de produtoras de animação, geralmente dos USA e Canadá e lançava em VHS; e depois de 2003, em DVD. No início de 2001, começamos a fazer testes produzindo conteúdo de animação com vídeos de aproximadamente 20 minutos (Mike Ensina Inglês e A Lebre e a Tartaruga) e colocamos à venda. Porém, o resultado foi bem fraco: as lojas achavam muito curto e muitas vezes nem compravam para experimentar. Em 2003, fizemos um vídeo mais longo, de 45 minutos. A venda de Chapeuzinho Vermelho foi bem legal, então passamos a fazer alguns clássicos, mas sempre misturado com distribuição de produtos de outras produtoras.

NI – Depois de trabalhar com o 2D, a VideoBrinquedo começou a produzir animações em 3D. Foi para seguir uma tendência crescente no mercado, ou houve algum outro motivo para essa mudança?

MB – Estávamos fazendo testes em 3D, mas estava difícil e era caro, até que um parceiro nosso conheceu uma pessoa que entendia bem da tecnologia. Foi na época que estávamos distribuindo um DVD em 3D chamado Reino Submarino (origem americana). Conseguimos uma graninha e fizemos Os Carrinhos – A Grande Corrida, que tem 40 minutos. Vendeu muito e também foi licenciado em mais de 20 países e traduzido para mais de 12 línguas.



NI – O mercado de produção de animação infantil não é muito forte aqui no Brasil. Na época em que vocês iniciaram sua produção, foi difícil encontrar mão de obra qualificada e acesso às tecnologias suficientes?

MB – Sim, foi muito difícil, porém o Brasil sempre teve ótimos ilustradores. O problema é que sempre fizemos nossos produtos com recursos próprios, sem nenhum incentivo e nunca tínhamos vendido uma licença para outro país. Então qualquer produto tinha que ser pago com a venda no varejo, o que é muito difícil.

NI – Houve uma época em que o próprio Ministério da Cultura chegou a publicar uma notícia sobre a VideoBrinquedo. Já houve algum outro tipo de incentivo por parte do poder público para vocês?

MB – Não, nós nunca obtivemos nenhum dinheiro de incentivo à cultura ou fomento para produção de obras de animação, nosso foco sempre foi varejo. Com o desaparecimento da venda física (do DVD) ficou muito mais difícil a produção sem incentivos, porém continuamos tentando.

NI – Alguns títulos da VideoBrinquedo geraram certa controvérsia, por conta da similaridade com outros títulos de produtoras como Pixar e DreamWorks. Já houve algum problema judicial envolvendo alguma de suas produções, nesse sentido?

MB – Nunca, até porque nunca copiamos ninguém, quando uma empresa de fora lança um filme de uma certa tendência (por exemplo, Madagascar), quase todos os estúdios lançam filmes sobre o mesmo tema. Lembra da época que lançaram acho que uns quatro filmes de animação de Pinguim? E no mar? Procurando Nemo, O Espanta Tubarões, entre outros. Mas este tipo de animação de tendência é um passado distante da VideoBrinquedo. O foco atual são animações autorais e educativas. Vocês podem ver isso no nosso Canal no Youtube.

NI – Como vocês lidavam com as críticas negativas acerca de seu trabalho? Alguns sites internacionais acabaram falando mal das produções da VideoBrinquedo. Elas ainda existem?

MB – Veja, nós só fazíamos desenhos direct to video, ou seja, a única forma de rentabilizar uma produção era vendendo DVD no varejo e, salvo alguns títulos, o mercado era o do Brasil. Os sites, principalmente americanos, ficaram muito bravos porque uma empresa que licenciou Carrinhos conseguiu uma grande parceria com o Walmart e parece que lá tem uma espécie de competição entre vendedores, com um zombando o outro. Teve também um episódio de O Incrível Mundo de Gumball, do Cartoon Network, que fez uma brincadeira com a VideoBrinquedo, e acabou fazendo muito barulho. Mas isso foi em 2006.



NI – Tem muita gente que trata a VideoBrinquedo – e a semelhança de suas obras com outras já existentes – como uma grande brincadeira. Vocês também encaram dessa maneira? Acreditam que as pessoas que acham que a VideoBrinquedo faz uma “zoeira” com as produções originais ajuda ou atrapalha a imagem da empresa?

MB – Para nós, isso é passado, temos muitas produções novas. Várias séries. As crianças nos apoiam. Temos mais de 400 mil inscritos no nosso Canal no YouTube e olha que as crianças na faixa etária de 2 a 6 anos não costumam se inscrever. São mais de 150 milhões de views. É engraçado comparar nossos desenhos com Pixar ou Sony, nossas histórias são bem simples, voltadas para uma faixa etária bem menor. E acredite, existem até hoje pessoas que têm condições de se informar e me perguntam se Cinderela não é da Disney e como eu posso fazer Os Três Porquinhos? São obras de origem europeia, muito mais antigas que os estúdios famosos, boa parte é do século XVIII. Tem gente que acha que a Rapunzel foi escrita originalmente por Walt Disney. Até O Rei Leão (que nós não fizemos nossa versão) foi baseado no conto japonês Kimba o Leão Branco. É preciso estudar escritores como os Irmãos Grimm, Esopo, Jacobs, ente outros.

NI – É possível notar que há um bom tempo a VideoBrinquedo mudou seu foco, dando mais atenção a conteúdos educativos. Há quanto tempo se deu essa mudança e por quê?

MB – Na verdade, a VideoBrinquedo sempre fez conteúdo educativo, nossa primeira produção foi Mike Ensina Inglês. O que acontece é que no varejo não havia espaço para educacional, agora com a internet é mais democrático. Nosso conteúdo feito para ajudar na educação está aparecendo muito e estamos gostando do feedback que pais e professores estão nos dando.

NI – Qual foi o produto de mais sucesso lançado pela empresa?

MB – No varejo, Os Carrinhos. Na internet, as Histórias Clássicas e principalmente os educacionais, que fazem parte de uma série chamada Crianças Inteligentes.

NI – Existem projetos ou planos futuros para a marca? Há mais alguma “adaptação” de algum título internacional em vista?

MB – Estamos produzindo bastante educacional. E apesar de ser muito difícil produzir títulos com média duração só para internet, aos poucos estamos produzindo clássicos com uma linguagem diferente, mais ligada à realidade dessa nova geração. Estamos em negociação com outras empresas de animação e vamos seguir apostando no segmento de educação. Em breve, vamos ter muitas novidades.

NI – Como foi a recepção, em geral, no mercado internacional sobre suas produções? São bem vendidas lá também?

MB – Hoje, nós estamos dublando alguns títulos para inglês e espanhol, mas o foco ainda é no Brasil. Mesmo quem assiste nosso conteúdo em outros países (em torno de 8% da audiência), assiste na maioria em português. Provavelmente são brasileiros ou seus filhos que moram no exterior. Mas, em breve, vamos colocar nosso conteúdo em pelo menos três línguas, isso já faz parte das novas negociações.

NI – Como vocês enxergam o mercado de produção de animação infantil no Brasil hoje em dia?

MB – O mercado está com produtos de muita qualidade, oriundo provavelmente do apoio que o governo até então deu para alguns produtores brasileiros. Claro que a roda tem que girar, espero que estas produtoras consigam continuar o trabalho que tem feito, sem precisar necessariamente do apoio financeiro do Estado. Fazer animação é caro e o retorno é lento, porém as crianças continuam nascendo e gostam de desenhos animados.

NI – Acredita que a imagem da empresa ainda está muito atrelada àquela de que faz apenas “versões” de outras obras?

MB – Nos últimos dois anos, 90% da nossa audiência vem de desenhos clássicos e educativos. Recebemos todos os dias dezenas de comentários nos incentivando a continuar com nossos desenhos, e isto nos anima a continuar a trabalhar. São emocionantes alguns depoimentos de pessoas que, de alguma forma, foram ajudadas pelo nosso conteúdo. Apesar do retorno financeiro não ser tão grande, dá muito prazer trabalhar na área de educação, música e animação.

Em 2020, Marco Botana decide reforçar a propaganda dos pacotes educacionais por causa da pandemia e começar um nova série chamada" JORNAL JP KIDS" que educa os pequenos sobre algumas fábulas ao mesmo tempo que faz uma grande reciclagem das animações mais antigas da Video Brinquedo:







Com isso continua a existência da Vídeo Brinquedo, não sendo metade do que era antigamente, completamente perdido como mais um canal genérico no YT Kids e agora voltado para conteúdo educativo de baixa qualidade em vez de abominações 3d.

A melhor forma de terminar essa thread então seria com essa célebre frase de Marco Botana e ao mesmo tempo que a lê o leitor tenta digerir tudo o que você viu na história dessa lendária empresa:

Esperamos que com o canal JP Kids a gente consiga contribuir para o entretenimento. E principalmente para a aprendizagem de crianças neste momento tão delicado que estamos passando. E que possamos colaborar na educação, que sem dúvida é a única maneira de construirmos um país melhor.

Mídias sociais:
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Spot Films Site: https://www.spotfilms.com/ (https://archive.md/b8Y7N)
 
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Puta merda, OP, Gladiformers era o filme que eu mais alugava na locadora, ia lá no dia da devolução só pra alugar de novo. Por algum motivo nunca fui atrás de rever essa merda mas sempre ficou no fundo da minha cabeça.
 
Senti pelo Ale McHaddo, o cara é capaz de fazer trabalhos decentes e teve que se envolver com esses chorumes da vídeo-brinquedo. Na época em que "Os Carrinhos" faziam sucesso nos camelôs, havia uma entrevista, em algum jornal, em que uma das figuras negaria qualquer tentativa de plágio em relação à Pixar, dizendo que se inspiraram em um desenho desconhecido da Hanna-Barbera (o que tinha duas motocas).
 
  • Feels
Reactions: Sparky Lurker
Desculpe pela tradução de merda, eu só não queria ser o único anglo grosseiro usando inglês em um tópico em português brasileiro.

Já ouvi falar do Vídeo Brinquedo. Brad Jones (The Cinema Snob) revisou as versões em inglês de alguns de seus filmes. Eles são hilariamente ruins:
Ainda não consigo acreditar que fizeram traduções para o inglês. Eu posso entender como fazer imitações brasileiras de filmes ingleses populares, mas por que diabos alguém iria assistir a uma versão mal traduzida de Os Carrinhos quando eles poderiam apenas assistir a Cars em inglês? Não tenho certeza se eles lucraram com as versões traduzidas, mas tenho quase certeza de que fizeram algumas crianças chorarem quando suas avós confusas compraram acidentalmente The Little Cars para Natal. :story:
Sorry for the bad translation, I just didn't want to be the only rude anglo using English in a Brazilian Portuguese thread.

I've heard of Video Brinquedo before. Brad Jones a.k.a. The Cinema Snob has reviewed the English versions of a few of their movies. They're hilariously bad:

I still can't believe they made English translations of these. I can understand making Brazilian knockoffs of popular English movies, but why the fuck would anyone watch a poorly translated version of Os Carrinhos when they could just watch Cars in English? I'm not sure if they made a profit on the translated versions, but I'm pretty sure they made some kids cry when their confused grandmas accidentally bought them The Little Cars for Christmas. :story:
 
Esse cara podia fazer uma animação do Dollynho. :lit:

Se bobear, o Ale McHaddouken podia criar uma Rooster Teeth Brazuca e alavancar criações originais.
 
Interessante. Eu já conhecia os trabalhos do Ale McHaddo muito antes da Vídeo Brinquedo, por causa dos jogos de PC em CD-ROM criados nos anos 90 pela antiga 44 Bico Largo (atual 44Toons). Nunca me passou pela minha cabeça que ele foi um dos responsáveis pelos filmes da Vídeo Brinquedo.
 
  • Thunk-Provoking
Reactions: Po's Cootah
Mais 2 grandes hits do Marco Botana:
Como se Brota uma semente:

Funk do Soletrando:

Sim, o Funk é de quase meia hora, bom para punições auditivas.
 
Marco Botana criou o Teo Tourinho, o personagem que vai ajudar a criançada a falar de finanças com um batidão de funk:
 
Eu não sei se foi postado algum vídeo porque esses players nunca funcionam pra mim.
Mas porra, eu não acredito que Futebol BR passou batido nessa thread.

Eu lembro de ter sido cicatrizado pela capa aleatoriamente num stand de DVDs no meu super mercado local.
Absolutamente incrédulo cheguei em casa e fui direto pra Internet achar aonde assistir, acho que assisti pela primeira vez no UOL ou algum site parecido, era minha primeira vez vendo qualquer coisa do Vídeo Brinquedo, não só assisti duas vezes sozinho como fiz algumas watch parties dessa animação incrível.

Mais tarde na vida acabei fazendo um amigo que me apresentou Carrinhos, maratonamos eles junto com alguns outros curtas. Apenas QUALIDADE. Não sei se tenho estomago de assistir todas essas pérolas hoje em dia, mas honestamente cogitando baixar e legendar Futebol BR pra colocar a gringa pra assistir numa movie night^tm.
 
  • Informative
Reactions: Sparky Lurker
English-speaking poster shows up for the sole purpose of saying that he actually liked The Little Panda Fighter.
 
  • Feels
Reactions: AfroMegan
Um dia acordo e descubro que o roteirista destas grandes obras virou trans:
Outra vítima da pandemia:
Pelo menos as filhas tem duas mães agora.
 
Last edited:
Téo Tourinho 10 episódios série completa:

 
Fazendinha da Matemática 10 episódios série completa:

 
Um dia acordo e descubro que o roteirista destas grandes obras virou trans:
Outra vítima da pandemia:
Pelo menos as filhas tem duas mães agora.
Alexandre vai dirigir filme de "crossdressing" usando o seu rato de laboratório Leandro Hassum:
https://oglobo.globo.com/play/notic...um-vivera-advogado-que-finge-ser-mulher.ghtml
Leandro Hassum será um homem que se passa por mulher no longa “Uma advogada brilhante”, com direção de Ale McHaddo. O elenco tem ainda Paulinho Serra, Nany People e Bruno Garcia.
Hassum interpreta Michelle Barbieri, o Mike, um advogado recém-divorciado que luta na Justiça para impedir que sua ex-mulher mude de país com o filho. Tudo piora quando a empresa onde ele trabalha é comprada por um escritório maior que, por uma nova política de cotas, mantém apenas mulheres nos postos de trabalho. O setor de RH da nova empresa entende que Michelle é mulher e o mantém no cargo.
Além do filme, o ator estreeou “B.O.”, na Netflix, recentemente. Na série, Hassum dá vida a Suzano, delegado atrapalhado do interior fluminense que chega à capital para assumir uma delegacia na Tijuca, na Zona Norte da cidade. Ele, então, se envolve em diversas confusões com uma perigosa máfia.
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O cara é chamado para dublar um baguete junto com seu colega de trabalho e 10 anos depois acaba desse jeito.
 
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