PT Anderson Carvalho França de Araújo / Dinho Escritor / Coluna de Terça - Crônicas de um colunista e ativista sagaz que pretende sacudir o status quo brasileiro.

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Dec 6, 2017
Conheça o gordinho que cancelou o sertanejo diretamente de Lisboa: Anderson França

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Anderson França é um ativista e cronista (e cartunista) que ficou conhecido por causa de suas vida próxima ao morador da região norte do Rio de Janeiro, seus projetos sociais ajudando os mais necessitados através de aulas de empreendedorismo e suas opiniões picantes contrárias a "esquerda burguesa" , por causa de seus pensamentos entrou em vários conflitos com o PSOL, evangélicos, Dogolachan, veganos, feminista, cantor de sertanejo, marca de papel higiênico, governo de São Paulo e recentemente qualquer famoso que se recusa a falar de política

Em entrevistas Anderson diz que teve uma infância complicada no Rio de Janeiro sendo um vendedor ambulante ajudando seus pais que migraram do nordeste e eram constantemente despejados, levando assim a experienciar grande parte dos subúrbios do Rio de Janeiro:

https://revistatrip.uol.com.br/trip/o-coracao-suburbano-de-anderson-franca (https://archive.li/4hlSL)

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Trip. Depois de ter atravessado a barreira social da periferia para a zona sul, o que vê de bom e de ruim em sua infância em Madureira?

Anderson França. [/B]A coisa mais interessante da minha infância foi o contato com o território, com a terra. Nasci em Madureira, mas em 1979 fui para Cavalcanti, que era um bairro-dormitório distante do centro do Rio de Janeiro com ordenações sociais muito simples. Então a gente ficava basicamente na rua. Como não tínhamos dinheiro para ter brinquedo, a liberdade era o brinquedo. Todo cachorro, todo gato, era nosso. Eu me lembro do cheiro da amendoeira, árvore muito presente no subúrbio do Rio. Chegava a virada de estação e a gente sentava e ficava olhando as folhas caírem, corria atrás de bicho, ouvia o silêncio, sentia o vento. Era essa a minha conexão com esse território afetivo que só mais tarde passei a chamar de subúrbio. Apesar da escassez que a gente vivia, como criança a gente não tinha a lente da dor. Alguém coloca essa lente depois. É o que me faz pensar hoje nas crianças que moram no Complexo do Alemão, na Vila Cruzeiro, no Complexo da Maré, que dois dias atrás foram fotografadas numa escola municipal, todas deitadas no chão se protegendo de três horas de tiros de arma longa. O Rio é a única cidade do país em que a violência letal se dá por arma longa. Estou falando de fuzil, metralhadora e submetralhadora. O que não acontece em São Paulo, por exemplo, onde a violência letal se dá por 38, 45, pistola 9 milímetros. No Rio, alguém colocou uma lente nessas crianças, que tiveram uma visão antecipada do sofrimento. Agora elas veem precocemente o que é a favela.

O subúrbio de hoje é muito distinto do que você conheceu?[/B] Eu acredito que já existia violência no subúrbio. A zona norte, a zona oeste e a baixada são regiões de abandono de políticas públicas de segurança desde 1977, quando o Rio se integra ao estado da Guanabara e perde a chamada bitributação por ser capital do país. É quando a renda do tesouro estadual vai para o chão e começa o abandono. Tanto que, até esse momento, Cascadura era um bairro muito formoso, Madureira era bonito, o Méier era incrível. Grandes artistas moraram por lá. Aracy de Almeida viveu no bairro do Encantado, transitou por Cascadura e andava de trem – era chamada a Dama da Central. Pixinguinha e Dolores Duran moraram em Piedade. Nelson Rodrigues morou na Aldeia Campista. Fernanda Montenegro nasceu no Méier. Estamos falando de um Rio em que a estrutura urbana geral era menos precária do que é hoje. Agora, como resultado desses 40 anos de abandono, forças territoriais passaram a disputar o controle: o crime organizado e o Estado, organizado como milícia. Sem contar as facções: Comando Vermelho, Terceiro Comando, Terceiro Comando Puro, Amigos dos Amigos e agora o PCC, que chegou na cidade. Então é verdadeira aquela música do Fausto Fawcett, cantada pela Fernanda Abreu, que pergunta: “Quem é o dono desse beco? Quem é o dono dessa rua? De quem é esse lugar?”. Essa é a lógica no Rio: você entra em lugares que pertencem a pessoas. “Rio 40 graus” é um hino da cidade, uma leitura antropológica perfeita do Rio.

Seus pais vieram para o Rio quando? [/B]Minha mãe veio em 1968. Minha família sai de Caruaru e Gravatá e vai para Recife. A minha mãe, a minha avó e as minhas irmãs são as verdadeiras presenças criadoras e educadoras, já que a ausência do pai é muito comum na periferia. Como elas chegam fugindo daquele estado de pobreza no Nordeste, aceitam trabalhar em qualquer coisa aqui. E o nordestino, naquele momento, não tem vínculos com a cidade. Então eu cresci numa casa em que a gente não ia para a Lapa sambar ou tomar cerveja. Porque aquilo não é o nosso lugar. Não só porque não tínhamos dinheiro – porque não tínhamos –, mas porque aquilo não era nosso. Também não íamos para o Pão do Açúcar ou o Corcovado. Aquilo era “do carioca”. Quando eu fui pela primeira vez à Quinta da Boa Vista, a gente teve que tomar banho, se arrumar, foi um evento. E para ir num parque que fica na zona norte. O nordestino ainda hoje passa por isso, ele não é uma pessoa que se apropria da cidade. Hoje, um grande núcleo de nordestinos mora na Rocinha, na Nova Holanda e no Parque União, no Complexo da Maré, e sai de casa para o trabalho e do trabalho para a casa nas favelas. O que eles entendem por circulação é ir ao restaurante que fica dentro da Nova Holanda ou ir para a igreja evangélica. Então, a vida social desse cara é resolvida dentro da própria favela. Se ele vai a um shopping da zona norte, se sente desconfortável. E nem entra num shopping da zona sul. Então, a nossa diversão muitas vezes era ir com minha mãe a Madureira comprar alguma coisa ou comer um churrasquinho. A primeira vez que fui ao Leblon já tinha 21 anos – para você ter uma ideia de como o Rio é uma cidade segregada.

E como você extrapolou os limites de Madureira? [/B]Teve uma época, quando meu pai ainda morava com a gente e não tinha muito emprego certo, que ele começou a dever aluguel. E a gente sempre recebia carta de despejo. Fizemos um tour pela zona norte, indo de casa em casa porque meu pai não pagava ninguém e as pessoas iam despejando a gente. Foi uma situação muito traumática, muito triste, mas que fez com que eu descobrisse um pouco mais da zona norte. A minha pesquisa de campo da zona norte foi dentro do caminhão de mudança.

Tantas mudanças atrapalharam a sua vida escolar? [/B]Eu tive problemas no final do que se chamava primeiro grau, hoje fundamental. Comecei a trabalhar com a minha mãe na rua vendendo de tudo, roupa, bolsa, arranjo de flor, calcinha e sutiã... Ela vendia para outras nordestinas que trabalhavam nos supermercados como caixas e empacotadoras. E eu ajudava. Então, entrei no ensino médio com muita dificuldade de aprendizado.

E como começou a escrever? [/B]Eu já sabia ler, porque aí entra a minha avó, que me levava na igreja e a função da Igreja batista também era educacional. Existe uma coisa chamada Escola Bíblica Dominical, criada para ensinar as pessoas a ler a partir da Bíblia. Eles matam dois coelhos com uma cajadada só: catequizam o cara e ensinam a ler.
Em 2015 Anderson começou a subir a fama com os seus projetos, entre eles Agência Dharma, FunkYou e o mais famoso Universidade Correria:


https://projetocolabora.com.br/ods4/universidade-da-correria-ja-recebeu-4-mil-alunos/ (http://archive.li/Mkkt3)

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Neste vídeo você poder ver em primeira mão como funciona o projeto Universidade Correria e aprender uma das analogias mais importantes da vida, tratar o dinheiro como se fosse o homem branco:



Em 2016 Anderson também ficou famoso por suas crônicas levando ao lançamento de um livro e muitas tretas com o PSOL na época das eleições municipais:

https://www.vailendo.com.br/2016/11...nica-digital-de-cora-ronai-e-anderson-franca/(http://archive.li/Fq8N5)

Hoje em dia sua treta com PSOL transcendeu para algo mais drástico, sugerindo a eliminação do Freixo no meio político:

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Com essa fama do livro, chegou a fazer crônicas em formato de vídeo, apesar se acabar desistindo do formato no segundo episódio, porém agora você pode conferir como é um gordo falar de um museu queer enquanto frita linguiça:



Anderson França também faz cartuns, apesar que hoje em dia fazendo uns rabiscos no paint ou em uma folha de papel você já se pode considerar do ramo:

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Por causa de suas visões do mundo, acabou tretando com várias pessoas entre eles:

Veganos:

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Feminista da Marie Claire:

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Promoveu boicote a marca de papel higiênico por ofender o movimento negro:

http://diariogaucho.clicrbs.com.br/...el-higienico-preto-9963304.html?impressao=sim (http://archive.li/e0lwc)

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Uma marca de papel higiênico acaba de lançar uma versão preta do produto, que segundo a fabricante, é o primeiro produzido no país, e escolheu a atriz Marina Ruy Barbosa para divulgar. Na sua campanha, as fotos da ruiva têm sido vinculadas à hashtag "BlackisBeautiful". Alguns internautas criticaram o uso da hashtag e acusaram a empresa de se apropriar de uma expressão usada por militantes negros durante a luta dos direitos civis nos anos 60.

A principal crítica partiu do escritor Anderson França, o Dinho, que publicou um texto sobre a campanha em seu perfil no Facebook.

— Numa atitude racista e irresponsável, consciente e deliberada, (a Santher) decidiu que essa expressão deve remeter a papel higiênico, cuja função qualquer pessoa conhece — afirmou o escritor na rede social.

Ele ainda classificou o episódio como "um dos mais graves ataques racistas praticados por uma empresa brasileira. Às 15h de terça-feira (24), o post já contava com 4,1 mil curtidas, 1,1 mil comentários e 2,4 mil compartilhamentos.

Dinho explicou que o movimento, e especialmente a expressão Black is Beautiful representa um grito de liberdade e de mudança para os milhares de negros que sofreram com o preconceito e que perderam sua vida pela violência policial dos anos 60, nos Estados Unidos. Ele explica que até hoje as palavras carregam muito significado para a luta de direitos.

Batizado de "Vip Black", da marca Personal, o papel promete trazer mais sofisticação e "um novo olhar para a decoração com diferenciação". A campanha publicitária mostra Marina 'vestida' apenas com o papel higiênico. A atriz foi selecionada para apresentar o produto por ser "sinônimo de glamour e elegância", de acordo com a marca.

— O preto é lindo. A cor sempre foi considerada ícone de estilo e refinamento nos universos de luxo e da moda. Agora, Personal Vip Black traz este conceito também para a decoração e nossa campanha reflete essa integração entre a cor e a sofisticação — justificou a líder de marketing da marca, Lúcia Rezende.

Em nota, a Personal explicou que "a mensagem criativa da campanha para o produto foi selecionada com o objetivo de destacar um produto que segue tendência de design já existente no exterior e trazida pela Santher para o Brasil."

Eles ainda afirmam que nenhum outro significado, que não seja esse, foi pretendido e refutam toda e qualquer insinuação ou acusação de preconceito neste caso. A marca e o fabricante concluíram informando que a assinatura foi retirada de toda comunicação da campanha e pediram desculpas por eventual confusão.
Mas sua pior treta foi quando em 2017 acidentalmente acabou denunciando uma conta troll de um Dogoleiro:

https://www.facebook.com/DinhoEscritor/posts/658029901074476 (http://archive.li/oziCX)
Enquanto eu conversava com leitores sobre questões sociais, raciais e outras que foram centrais na página essa semana, uma leitora, estudante da UniCarioca, me enviou por inbox um pedido, que eu lesse e denunciasse um homem chamado Ricardo Wagner, estudante da mesma instituição, carioca, que escreveu um post, ontem, onde há a nítida tipificação de racismo, não injúria racial, mas racismo, inafiançável.

Eu compartilho com vocês o post, e me disponho a usar esta página para colaborar com advogados que possam encaminhar, seja primeiramente em uma delegacia, seja no Ministério Público, um pedido de abertura de inquérito penal e o pedido de prisão deste jovem.

O link da postagem continua ativo: https://www.facebook.com/photo.php…

As fotos dos comentários e textos dele, abaixo.

É preciso fazer com que a lei prevaleça nesse caso, ou chegaremos a um ponto, ou aquele momento de tensionamento, em que Malcolm X dizia, que não se garantirá mais a permanência da vida dessas pessoas na cidade. Parece radical, eu entendo. Mas se você olhar para o que foram alguns movimentos de lutas raciais, vai entender que é um barril de pólvora, sobretudo auto-defesa, quando um homem pratica um crime como este e não recebe punição, porque a sociedade branca minimiza o fato.

Ele chama uma mulher preta de "macunaíma", diz que pretos servem apenas para o subemprego e o crime, entre outras coisas. Ele pratica o racismo tipificado na lei, porque ofende toda uma etnia.
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Pra quem não sabe uma das táticas do Dogolachan é criar perfis falsos com o nome da vítima para fazer posts racistas no nome do tal, nesse caso Ricardo Wagner era o alvo, porém Anderson não quis saber e ameaçou processar todo mundo:

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Por causa da reação explosiva de Anderson, os dogoleiros não deram descanso para o mesmo e a treta persiste até hoje, mais tarde naquele mês, Anderson teve que cancelar a sua ida ao evento por causa de ameaças:

https://g1.globo.com/pop-arte/flip/...te-e-vai-participar-por-videconferencia.ghtml (http://archive.li/LAm0f#selection-5945.114-6163.195)

Tempos mais tardes com a vitória de Bolsonaro em 2018, Anderson se sente ameaçado e foge para Lisboa no começo de 2019.

Em Dezembro de 2019 vira o novo colunista da Folha de S. Paulo:

https://www1.folha.uol.com.br/ilust...-franca-o-dinho-estreia-coluna-na-folha.shtml (http://archive.li/873nP#selection-3341.0-3415.297)
Cronista do subúrbio carioca, Anderson França, o Dinho, é o novo colunista da Folha. O autor de “Rio em Shamas” (ed. Objetiva), também empreendedor social e evangélico, vai escrever às terças, na edição digital do jornal.

“Quero falar, mesmo com o olhar de periferia e carioca, de coisas que me dão curiosidade e prazer”, diz Anderson, 45, que pretende escrever nesse novo espaço “crônicas do cotidiano e análises sobre temas da diversidade racial, religiosa, cultural e de gênero”.

Com mais de 130 mil seguidores nas redes sociais, onde publica textos em que convivem humor e crítica social, o escritor passou a maior parte da vida na zona norte do Rio. “Foram muitos bairros, porque meu pai tinha um certo problema com emprego, e isso impactava no aluguel, ou seja, éramos despejados com alguma frequência. O bairro onde morei por mais tempo na infância foi Cavalcante, no pé do Morro do JurameEnquanto o pai guiava o périplo pelo subúrbio, a avó, missionária batista, apresentava o menino à religião. “Eu ia com ela pra igreja, lá fui mais bem alfabetizado que na escola pública”, diz ele, para quem os textos bíblicos foram “a primeira experiência literária”.

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“Crentes do subúrbio da década de 1970 não liam nem ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’, éramos uns ‘amishes’ suburbanos”, brinca. “Passei minha vida na igreja até os 36 anos. Nessa idade, eu já estava imerso em meus trabalhos na periferia, e isso envolvia conceitos amplos de diversidade. A igreja não deu conta de mim. Sou de uma geração de crentes críticos à própria igreja.”

Alvo de ameaças de morte por ter denunciado o discurso de ódio de fóruns virtuais e o abuso de milicianos em bairros onde viveu, França se mudou para Portugal com a mulher em 2018. “Fui aconselhado por amigos a vir, foi algo do qual precisei ser convencido.”

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Ele relata três ameaças de morte e uma invasão à sua casa. “A ameaça mais conhecida foi a da Flip, quando ofereceram R$ 40 mil para que eu fosse executado lá. No caso dessa ameaça, era o mesmo grupo que já perseguia a [professora] Lola Aronovich, e [o ex-deputado] Jean Wyllys.”

Escalado para um debate na programação paralela à Festa Literária Internacional de Paraty de 2017, o escritor participou por videoconferência.

Sobre a saída do país, diz se sentir “violentado”. “Eu não queria estar em Lisboa, não tenho sonho europeu nenhum. Mas preciso viver.”

Criador da UniCorre, ou Universidade da Correria, escola de negócios populares no Complexo da Maré por onde passaram 4.300 alunos, Anderson planeja mais um livro. “Neste ano, tive que me adaptar a um novo país. Acho que em 2020 já terei a segunda obra, de crônicas também.”

História não falta. “Minha tia Doroteia me deu o nome e o apelido [Dinho]. E me livrou do nome que minha mãe queria: Marlôver”, conta. “Agora, de onde minha tia tirou esse nome? Na época, o dono da Claybom se chamava Anderson Clayton. Ou seja, fui salvo pela minha tia e por um pote de margarina.”

nto.”
Na mesma época lançou um vídeo sobre como o jovem ter certeza é cafona direto do seu quarto em Lisboa:



Em 21 de Janeiro de 2020 Anderson lança uma noticia polêmica criticando famosos que não se pronunciam sobre política:

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Isso levou a fúria de Whindersson:

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Mais pior mesmo era o cartum que continha na matéria:

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A Folha prontamente tirou o cartum:

Folha.png

Porém Anderson dobrou a meta levando a processo:

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No dia seguinte o Dória entrou na dança:

https://veja.abril.com.br/brasil/pm...or-que-ligou-corporacao-ao-nazismo-em-charge/(http://archive.li/o1aGo)

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A Polícia Militar de São Paulo entrará com uma representação junto ao Ministério Público para que o escritor Anderson França seja responsabilizado criminalmente por uma charge em que associou a corporação ao nazismo. O desenho foi postado nas redes sociais no dia 1º de dezembro do ano passado e fazia referência a uma ação da PM-SP que resultou na morte de nove jovens em um baile funk em Paraisópolis, na periferia da cidade.

A charge foi republicada nesta quarta-feira, 22, pelo governador João Doria (PSDB-SP). “Este crime não ficará impune”, postou o tucano. No texto que acompanhava o desenho, Anderson França dizia que Doria “comemora menos nove trabalhadores”. A publicação também trazia a expressão “Heil, Doria”, em alusão ao grito nazista de saudação ao ditador Adolf Hitler.

Anderson França havia provocado uma polêmica nas redes sociais ao publicar na terça, 21, um texto no jornal Folha de S.Paulo em que acusava artistas dos gêneros axé, pagode e sertanejo de não terem se manifestado publicamente contra o discurso que levou à demissão do ex-secretário da Cultura Roberto Alvim. O titular da pasta perdeu o emprego ao parafrasear o nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda do ditador Adolf Hitler.

Para ilustrar o texto, Anderson França usou uma charge em que as cantoras da dupla Maiara & Maraisa apareciam vestindo a braçadeira com a suástica nazista. O jornal retirou a imagem do ar após as cantoras veicularem uma nota em que prometiam tomar as medidas cabív“Estamos adotando todas as providências para responsabilizar o autor pelos crimes cometidos com sua atitude, sem prejuízo de ações também em outras esferas. Um ato irresponsável como este não pode ficar impune”, afirmou o comandante-geral da PM-SP, Marcelo Vieira Salles, por meio de um comunicado. “Respeitamos absolutamente a liberdade de expressão e de pensamento, mas atitudes como esta são inaceitáveis.”

De acordo com Salles, a corporação pedirá para que Anderson França responda pelos crimes de difamação, violação de direito autoral, contra a propriedade industrial e pela utilização da suástica com a finalidade de divulgar o nazismo. A PM-SP também ajuizará uma ação de indenização por danos morais e pelo uso sem autorização da logomarca da instituição.
Após uns dias sem postar Anderson tenta se vitimizar desenterrando a treta com o Dogolachan:

https://www.facebook.com/DinhoEscritor/posts/1230196240524503?__tn__=K-R (http://archive.li/IYdHc)
Recebemos, há dois dias, uma nova ameaça de morte.

Confirmamos que veio do grupo que, em 2017, já havia cometido crimes de ameaça no episódio em que ofereceram 40 mil pela minha execução em Paraty, na FLIP.

O teor desta ameaça é similar aos anteriores, pois narra possibilidades extremas. É possível ser uma atitude sem valor algum, uma "trollada".

Pessoalmente, considero, com pessoas mais próximas, a grande possibilidade de se tratar de mais uma bravata. No entanto, há duas coisas que precisamos dizer aqui:

1. Mesmo sendo uma bravata da extrema-direita, cabe a Polícia Federal verificar a autoria e responsabilizar os autores, mobilizando Ministério Público ou os órgãos que já acompanham estes casos, que já alcançaram outros nomes no passado. Essas pessoas ameaçam assassinar o embaixador de Portugal e explodir a Embaixada de Portugal no Brasil. Mesmo sendo bravata, repito, este tipo de ameaça a corpo diplomático não pode passar despercebido, num país onde jogar bombas em escritórios de humoristas, escritores, ou jornalistas, se tornou algo factível. É, portanto, algo sério.

2. Não vejo relação direta desse fato com Maiara & Maraisa ou João Doria. Também não posso afirmar que os deputados de extrema direita em São Paulo, Arthur do Val, Douglas Garcia, o deputado federal Coronel Tadeu, os jornalistas que me classificaram como "criminoso", na Rádio Jovem Pan, ou qualquer outro jornalista ou agente público tenha qualquer relação com esse texto.

Mas é de se observar o fato que, determinados discursos e ações em reação a charge publicada na Folha de S.Paulo não legitima nem incentiva ataques desta natureza, é de se lembrar que na "nota de repúdio" de Maiara & Maraísa, elas pedem que seu público não me ofenda - o que não aconteceu, de fato, me pergunto se elas inseriram essa nota por saber que tipo de público tem - mas de fato, não podemos sequer sugerir que essas pessoas tem relação com isso, mas observamos que pessoas se sentiram encorajadas, por si mesmas, a partir de determinados discursos, a promoverem todo tipo de ataque, que também configura crime, pois nenhuma pessoa teve salvo-conduto para, diante da nota de qualquer pessoa pública, praticar o crime de ameaça.

Pessoas se encorajam a si mesmas a agir desta forma quando observam que artistas, políticos e mesmo instituições como a Polícia Militar do Estado de São Paulo. se posicionam com o que eles chamam de "vigor de justiça", que é, na verdade, justiçamento, algo mais próximo de um sentimento de vingança, que de mediação.

Isso reforça o texto publicado originalmente na Folha.

O poder que pessoas públicas tem de influenciar e seu silêncio também é influência.

Até o momento, as artistas que primeiramente se sentiram ofendidas por mim, não emitiram uma nota sobre o discurso nazista de Alvim. Mas conseguiram, com êxito, tirarem delas a atenção, e fazer com que TVs, jornais, rádios se voltassem para mim. Para mim, não "contra" mim, porque eu não ameaço ninguém por nada que escrevem, por entender que as narrativas estão permanentemente em disputa. Cada um produz suas narrativas. Eu respondo aos que divergem de mim, não com processo, mas aqui, escrevendo.

Em qualquer lugar do mundo, uma ameaça de morte, escrita numa parede, num papel de pão, ou num e-mail, é configurada como ameaça de morte. E é crime. Entendam: muito do que algumas pessoas estão fazendo, a partir deste episódio, é crime. Não se perde na nuvem, na poeira.

Na França, uma ameaça de explodir algum lugar por uma charge, é algo bastante sério.

Esse email foi enviado para redacões e instituições pelos criminosos, mas a minha manifestação pública era necessária, segundo pessoas que estão me acompanhando desde o início.

Em tempo, estou à disposição de autoridades, no Brasil e na Europa, caso precisem de esclarecimentos, colaboração em investigações ou mesmo de dados meus, solicitados na forma da lei, para a apuração deste caso.
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Se um dia Anderson conseguir fazer PSOListas, Dogoleiros, cantores de sertanejo e marcas de papel higiênico terem o mesmo ponto de vista do mundo que o seu com suas crônicas, ainda não sabemos, só sabemos que esse dia não é hoje

Mídias sociais:

Twitter: https://twitter.com/_andersonfranca (http://archive.li/phgm9)
Facebook: https://www.facebook.com/AndersonFrancaDinho (http://archive.li/KhgQI)
Facebook página: https://www.facebook.com/DinhoEscritor/ (http://archive.li/ymMQ6)
Site: https://andersonfrancarj.wixsite.com/andersonfranca
Youtube: https://www.youtube.com/user/AndersonFranca (http://archive.li/DfEQL)
Youtube Em shamas : https://www.youtube.com/channel/UC8wXhzD5k7xmFKDLCSWBwKw (http://archive.li/0V5yI)
 
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Update 04/05:
Grande cronista caçador de cantor de sertanejo virou um ex-colunista:
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A balada do cronista:
Nesta tarde, eu fui demitido da Folha de S.Paulo.
Queria deixar algumas reflexões e agradecimentos aqui.

Numa ligação que durou 35 segundos,
fui informado que minha coluna estava sendo cancelada.

Eu apenas acatei.
A voz do outro lado parecia trazer uma decisão bem pesada, bem tomada, e sem possibilidade.

Ainda não sei o que houve.
Tudo que sei é apenas especulação, coisa minha, que pode não ter qualquer fundamento.

Sei que a última coluna, em que falo do episódio de desrespeito com o público em tempos de confinamento realizado pela Gabriela Pugliesi, mas não apenas ela, governantes e até pessoas na mureta da Urca, essa coluna foi a terceira mais lida.

Com algumas exceções, porque ninguém é de ferro, minha coluna era a segunda ou a terceira mais lida do dia, na Folha.

Pelo que entendi, muito superficialmente, essa decisão poderia estar relacionada com a pressão e a ameaça de processo que as cantoras Maiara & Maraisa fizeram por meio de seu jurídico, decorrente da coluna que escrevi as associando, e outros artistas, e repito, numa prática de quem cala consente, com um governo que só afunda o país.

Não tem jogo, amigo.
O sertanejo é muito comprometido com isso.
Leonardo um dia desses disse que era melhor "morrer fudendo" que tossindo. E isso foi parar na boca do 04, o filho lagarto do Bolsonaro.

Expus a classe artística que silenciou diante de um secretário de cultura ESCANDALOSAMENTE inspirado em Goebbels.

Ameaçaram.
Vou processar a Folha, o Anderson, vamo arrancar o emprego dele.

O Dória disse que ia me processar. A direita paulistana inteira. Holiday, Douglas, esses chorume, esses porco deputado militar.

Tacaro fogo.
Recebi ordens pra parar de falar "palavras xulas" e outras coisas.

Tentei compreender, buscar orientações na Folha, mas infelizmente todo mundo ali é ocupado. Não tive uma orientação pra saber como proceder, não desagradar ninguém.

Até tive problemas. Muitas vezes, não publicavam a coluna no dia. Eu precisava entrar em contato com eles, para publicarem. Pedia uma, duas vezes.

Algumas pessoas lá foram bem duras comigo.
Ainda assim, ainda na última terça, com a coluna da Pugliesi que devia ter sido publicada às 2 da manhã (BR), eram já 6 da tarde e nada.

Eu já tinha falado pra eles que, se escrevi algo que era ruim pra Folha, poderia apagar. Não queria trazer problemas pra eles.

E foi nesse tom que escrevi pro diretor da Folha.

Disse que se Maiara e Maraísa, ou Doria, ou qualquer pessoa processasse a Folha, ele botasse esse B.O. em mim. Porque fui eu quem escreveu, e sou sujeito homem.

Foi o que eu disse pro diretor da Folha de São Paulo.
Eu sou sujeito homem.

Eu escrevi, manda vir em mim.
Não quero atrasar a vida de jornalista nenhum, nem a pessoa que me convidou.

Fui honesto. O diretor reconheceu.
Não sei se todos reconheceram.

Porque é aquilo, todo mundo ali tá segurando seu emprego também né, amigo. A mão que me expulsa, vai expulsar eles amanhã também, sem dó.

O capitalismo não tem mãe.

Maitê Proença deve estar feliz. Porque ao ser criticada também, me chamou de 'feio'.

Eu vou te contar viu. Puta que pariu. Que classe artística essa de merda. Agora pode ligar pro Facebook, pra derrubar o post. Depois pode pegar meu celular da mão. Depois me bota até em cana.

Mas de dentro da cela, eu cago, passo o dedo na merda, e escrevo na parede:

vão tomar no cu.

Cês tem é que ouvir.
E não quer ouvir, manda prender, manda demitir, manda matar. Eu tô exilado, e agora, silenciado. Mas se engana se pensa que me arrependi. Sujeito homem não manda recado. Escrevi e escreveria tudo outra vez.

Mas hoje é o dia de vocês.
Festeja aí.

Em termos de grana?
Nera isso tudo não.
Vai me fazer falta demais, porque garantia um mercado. Era papo de 300 reais por coluna. Imagina, com esse câmbio, chegava pra mim se muito 50 merréis. Era uma conta de luz, um leite. E eu garantia o resto na rua, trabalhando em café, restaurante, me virando, muita doação.

Agora, casa caiu do mundo né.
Não pude trabalhar na rua porque sou grupo de risco, mas quando acabar vou tentar um supermercado, que aqui vai chamar. Zero drama, vamo pra cima que amanhã Deus vai recompensar.

Faz falta? Faz, mas amigo: tem gente em situação aí ó, muito pior, vamo agradecer a Deus pela saúde que a gente ainda tem.

Fui convidado a sair, mas queria mesmo era saber porque fizeram isso. Eu escrevia bem, poxa. Os outros colunistas liam, Gregório, os outros truta lá. Sei lá.

Não cancela assinatura dos cara não. A Folha, por outro lado, tá aí, sendo ameaçada pelo presidente, jornalista sendo massacrada, tem gente ruim querendo o fim deles. Eu não quero o fim da imprensa não. Tenho maior orgulho de ter escrito na Folha.

Porra. Tenho mesmo.
Fui camelô, fui porteiro, fui escritor de jornal.

Mas é aquilo.
A Folha pede pra apoiar o jornalismo, pra assinar a Folha e apoiar a democracia, mas demite quem escreve em favor da democracia.

Não vou entrar nesse papo não, eu tô aqui, duro, sem trampo, vai que eles abrem a porta de novo, um dia. A gente aprende a ficar calado pra sobreviver.

Amanhã, tem a coluna no Metropoles.
Lê, porque é aquilo. Amanhã ainda tem.

Ninguém sabe mais o amanhã.

De todo jeito, obrigado, Folha.
De minha parte, fui honesto pra caramba.
E obrigado a todos que leram.

Pro resto do Brasil que torceu e trabalhou pra eu ser demitido, então: agora, solto, eu sou pior que preso numa redação.

Não dou uma semana cês vão implorar pra eles me chamarem de novo.

A todos os amigos e amigas,
obrigado.
Nos vemos qualquer dia.

Aqui, a última coluna.
 
Meio tarde, mas...
Criticar Maiara e Maraísa e Whinderson Nunes por não manifestar opinião política é a mesma coisa que falar mal de Peppa Pig por não ensinar taxa flutuante de câmbio.

É tão fácil conseguir uma coluna da folha assim? Sparky, se candidata aí pra vaga, vai que tu apresente as vacas pro povão.
 
Anderson França entrando em sua fase de doomer:
123682154_1142457726156644_1458650744062842266_n.jpgDoomer 2.pngdoomer.png123866923_1142621122806971_2980539858362332742_o.jpg123771621_1142621226140294_170581264404401111_o.jpg
Eu não consegui comer.

Depois da notícia do juiz que inocentou um estuprador em Santa Catarina, eu estava trabalhando, eu simplesmente sentei na cama. Depois fui pra janela. Vi a noite chegar.

Pra mim, deu.

Eu não aceito mais pertencer a esta espécie.

Não consegui comer. Senti dor de fome, preciso comer, mas um enjôo, um choro de dor na garganta, isso não tá certo, cara. Não é possível que uma pessoa honesta durma hoje depois do que fizeram com essa menina, gente.

Eu estou totalmente sem esperança.

Eu não tenho mais nenhuma esperança no Estado Brasileiro, no nosso projeto de país, nestes termos, com estes formatos, com estas pessoas.

Executivo, Legislativo, Judiciário.

Instituições.

Não tenho mais esperança na religião, sobretudo a minha, e no Deus que por anos me ensinaram a temer. Uma religião que odeia, que mata, que enlouquece.

Não tenho esperança na política. Em como o destino do mundo está nas mãos de meia dúzia de homens brancos que cabem numa sala.

Eu não tenho mais esperança no mundo.

Que é xenófobo, que corta cabeça, que manda voltar pra casa, que humilha imigrante, que atira em sinagoga, que mata preto.

Eu não tenho mais esperança na gente.

Eu sentei de frente pra janela, e me boicotei tanto hoje, que me senti mal. Triste comigo mesmo. Fiz uma oração, pra divindade que quisesse ouvir.

As ruas já meio vazias aqui. O mundo se fechando de novo.

E pessoas cada vez mais furiosas, achando que isso é conspiração. Achando que governos estão mergulhando num PIB negativo, fudendo indústrias, por pura sacanagem. Vocês acham que OMS é meia dúzia de conspirador, vocês duvidam de máscara, vacina, confinamento. Vocês já estão fora de si.

Eu queria que a gente encontrasse a paz. Por um tempo, só pra aliviar o peso. A gente não pode mais aceitar isso.

A gente precisa se colocar numa encruzilhada. Ou nós deixamos esse mundo, ou eles deixam. Não podemos mais ser submetidos ao lixo dessa espécie. Isso não mais.
Em uma notícia positiva para ele, conseguiu um contrato na editora Globo:
contrato.png
 
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A Folha realmente publicou um cartum tosco de MS Paint daquele? Eu demitia só por desenhar tão merdamente. Eu garanto que se esse viado tiver filhos ele vai passar o dia inteiro indagando se ele viu alguma crítica social em Tom e Jerry, Peppa Pig, Pocoyo, etc.
Ou quando é levado pro McDonald's diz "não há razão para pedir um lanche quando pobres morrem de fome ou tiro, ditaduras governam países africanos, ablalblaslalbe", mas isso pode ser dito de uma bucetada de colunista/blogueiro de esquerda.
 
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Meio tarde, mas...
Criticar Maiara e Maraísa e Whinderson Nunes por não manifestar opinião política é a mesma coisa que falar mal de Peppa Pig por não ensinar taxa flutuante de câmbio.

É tão fácil conseguir uma coluna da folha assim? Sparky, se candidata aí pra vaga, vai que tu apresente as vacas pro povão.
E eu, mais tarde ainda, passando por esse fio através de links relacionados no Internationale, chorei de rir com esse comentário. Obrigado, Christiano Asiático. Fiquei autistando imaginando o Sparky escrevendo colunas diárias sobre vacas leiteiras. Ri bem.

Sobre o Sparky Lurker Originals no OP, basicamente o Rodrigo Constantino da esquerda. Como é fácil conseguir trampo quando a ideologia bate. Tu vira um colunista mal sabendo escrever o português básico.
 

Logo ele aparece chorando com outro print de email troll ameaçando ele.
 
Artigo meio tarde, mas já que ele voltou a tona na mídia: o gajo fugiu de Portugal e pediu exílio na França pois se sentiu ameaçado pelo que aconteceu na Amazônia:
Exilado em Paris, Anderson França fala sobre ameaças de morte em Portugal
Depois de ter morado quatro anos em Portugal, por ter sido alvo de perseguições políticas no Brasil, o escritor, roteirista e jornalista Anderson França, autor do romance "Rio em Shamas", que foi indicado ao prêmio Jabuti em 2017, está em Paris. Ele pediu asilo no país após sofrer ameaças de morte em Lisboa.
Depois de ter morado quatro anos em Portugal, por ter sido alvo de perseguições políticas no Brasil, o escritor, roteirista e jornalista Anderson França, autor do romance "Rio em Shamas", que foi indicado ao prêmio Jabuti em 2017, está em Paris. Ele pediu asilo no país após sofrer ameaças de morte em Lisboa.
Anderson França afirma que a perseguição sofrida em Portugal aconteceu por conta de seu trabalho como jornalista, já que o veículo criado por ele, a "Coluna de Terça", começou a ser muito lido pela comunidade brasileira em Portugal.
"Quando começamos a abordar assuntos como xenofobia e racismo contra brasileiros e outros grupos, a própria extrema direita de Portugal, articulada com a extrema direita brasileira, passou também a promover ameaças. Eu e a jornalista Cíntia Rocha abordamos temas como violência infantil nas escolas de Portugal, sobretudo contra crianças brasileiras, o bullying que as crianças brasileiras sofrem, a xenofobia contra brasileiros, o racismo e o enorme assédio contra mulheres brasileiras", diz.
"Abordávamos esses temas e, por causa disso, fomos ameaçados. As ameaças chegaram a um ponto que tivemos de mobilizar a polícia e Ministério Público", relata.
França conta que, durante um evento antirracista em que faziam a cobertura, a jornalista Cíntia Rocha recebeu uma ligação dizendo que sabiam onde ela estava e que iam matá-la.
Pedido de asilo na França foi aceito em tempo recorde
"A primeira coisa que fizemos foi tentar protegê-la. Fechamos a redação e ela se encontra até agora com proteção, ainda em Portugal, mas já cogitamos tirá-la de lá. O Ministério Público também viu as ameaças que ela recebeu e reconheceu que aquilo é muito grave. Até então, em Portugal, não havia sido registrado algo tão grave contra jornalistas, e sobretudo jornalistas internacionais, como o que aconteceu com a gente.", explica.
Em viagem à França, o jornalista foi recomendado por sua advogada a pedir o asilo e não retornou mais a Portugal. Ele acredita que o fato de ser jornalista, pessoa pública e devido ao alcance de suas reportagens no Brasil, a França teria entendido, na sua opinião, que há algo acontecendo na América Latina e na Europa.
"Temos lutado, como comunicadores, para alertar a sociedade, e sobretudo o que acontece na nossa vida já é um testemunho de que alguma coisa tem acontecido e que a sociedade precisa refletir sobre os rumos políticos que a gente tem tomado", destaca, sobre o crescimento da extrema direita no Brasil e em Portugal.

Ameaças após assassinato de Dom Philips e Bruno Pereira na Amazônia

Anderson França explica que foi identificada uma milícia digital de extrema direita em Portugal que teria ligações com a brasileira. O grupo faz ameaças e tenta interromper o trabalho de jornalistas e ativistas.
"Essa milícia trabalha com o medo, com a ameaça e com a pesquisa do ameaçado para jogar nele mais terror e tirar sua liberdade. Dom Philips era meu amigo desde 2017, e conversávamos muito por causa do contexto de favelas, que era a minha pauta naquele momento. Ficamos amigos e, quando vim para Portugal, ele fez uma entrevista comigo e com o Jean Wyllys e foi o primeiro jornalista europeu a dizer que nós éramos exilados do governo Bolsonaro. Foi ele quem disse isso e a gente nem se via dessa forma", afirma.
"Com o assassinato dele na Amazônia, esses grupos usaram esse fato para, de maneira covarde, ameaçar a mim e à Cíntia dizendo: 'esses dois lixos morreram no Brasil e a gente vai fazer com vocês o que nós fizemos com eles'. É como se houvesse um vulto antidemocrático crescendo no mundo, com braços em diversos países, e cujo foco é desafiar a democracia, matar jornalista, matar defensor de direitos humanos ou do meio ambiente."
"Quem está do lado de cá, se colocando para milhões de pessoas e formando opinião todo dia, sabe que existe esse tipo de força. E, quando você recebe no teu celular, no meio da madrugada, uma ameaça de morte, você percebe que está muito mais fragilizado do que parece", disse, informando ainda que a jornalista Cíntia Rocha passou a enfrentar problemas psicológicos após as ameaças.

Primeiras impressões de Paris

Há apenas um mês na França, o jornalista começa a ter suas primeiras impressões de Paris. Na opinião dele, a capital francesa permite refletir sobre as contradições existentes na sociedade.
"Na torre Eiffel tem turistas do mundo todo e andando um pouco você vê árabes, pessoas sem documentos, pessoas trabalhando na rua, vendendo comida, vendendo miniatura da torre. Isso, para a gente que vem do Brasil, diz muito sobre contraste, sobre fenômenos de ascensão e luta social e econômica. Então, eu me sinto muito em casa aqui, porque há muita mistura de problemas, mas também mistura de pessoas", relata.
"É uma grande cidade que me dá vontade de voltar a escrever, de entender seus problemas sociais, sua cultura. Tem uma cena de rap e de hip hop fantástica aqui na França. Para mim, está sendo um primeiro momento muito gratificante, muito efervescente, não exatamente pelos pontos turísticos, mas principalmente pelas questões sociais que existem", explica.
"A gente sempre tem a ideia de que na Europa todo mundo tem muito dinheiro. Aquela visão idealizada, romantizada, quando, na realidade, tem um monte de dificuldades e desigualdades. Eu tenho gostado muito da leitura que eu tenho feito de Paris e até agora da França", completa.
O gordinho valentão consegue ser mais surtado que o engenheiro mijão.
 
Last edited:
"Apesar de estar a beira do suicído, eu venci sem pedir esmola"
Vencedor.png
"Por favor me mandem pix"
Esmola.png
 
Não tem uma semana dos protestos na França que o revolucionário já tá no choro e ranger de dentes:
Choro.png
Troll desocupado = Milicianos da zona norte.
 
Perdeu tudo, a crise do refugiado da ditadura Bozonazista, serve nem pra limpar banheiro:
Mendigo Virtual.png
 
Último choro que posto dele aqui por um tempo:
É sempre bom lembrar.
Eu estou desde 6 de dezembro de 2018 fora do Brasil, após 5 anos de ameaças de morte e invasão a residência. Pela minha morte, foi oferecido 45 mil reais na FLIP de 2017, para me matarem no lugar onde eu ia me hospedar.

Tudo que eu digo, provei com registro policial, inquérito, processo. A Procuradoria da República em Portugal investigou. O Ministério Público em Portugal investigou.

As ameaças que sofri no Brasil, se estenderam até Portugal. Uma de nossas antigas jornalistas foi ameaçada de morte, na rua. Saí de Portugal, e tenho asilo político provisório na França.

O definitivo já foi julgado. Só falta publicar no Diário Oficial.

Diante disso tudo, e da volta de alguns auto exilados ao Brasil, recebidos com toda honra que lhes é devida, eu fico com apenas um questionamento: Porque o Ministério de Direitos Humanos insiste em não se pronunciar diante dos pedidos feitos, com documentos, para que o governo brasileiro solicite, por ofício, a publicação da decisão.

Isso me daria segurança jurídica, pois Bolsonaro e Anderson Torres moveram inquérito contra mim no ano passado, e há pessoas na Polícia Federal interessadas em um mandado de prisão.

Isso tudo, queridos, é a ponta do iceberg. Dezenas de documentos, e-mails, com milhares de ameaças, desde 2012.

Deputados franceses apoiaram. No Brasil, até o momento, NINGUÉM. Mesmo com todos os documentos e os políticos franceses sem entender o que se passa.

Na verdade, eu entendi o seguinte.
Bolsonaro é, por ação, o responsável direto por qualquer coisa que me aconteça. E Silvio Almeida e o atual governo, o responsável direto, por omissão.

Não sei que bunda preciso dar, a quem, por quanto tempo, para que alguém nesse governo faça algo. Muitos pedidos e avisos já foram feitos. E eles simplesmente ignoram. Nada aqui é subjetivo. Tudo aqui foi provado.

Eu entendo que até queiram que eu morra. Eu só não entendo porquê. Não digo Bolsonaro. Digo Lula, e seu governo.

Enquanto isso, as coisas seguem.
E se não acabar bem, não foi falta de aviso.
Bancou o valentão e fez o L.
 
O cronista que não consegue nem limpar um banheiro finalmente ganhou um reconhecimento:
Reconhecimento.png
Talvez consiga passar uma imagem mais "dócil" de si mesmo, já que nos últimos meses tem cada vez mais vendido sua "marca" com lives de fofoca das causas sociais.
fofoca.png
 
Anderson finalmente é reconhecido como um exilado da ditadura Bozonazista:
O OFPRA, o escritório Central para Apátridas e Refugiados da República Francesa julgou procedente o pedido de asilo apresentado a eles, após análises de todos os documentos, inquéritos e investigações.

A França vai assumir minha proteção jurídica e administrativa. Vai reemitir meus documentos pessoais, e estou impedido definitivamente de regressar ao Brasil.

Estas e outras implicações já eram previstas e sabidas, e os advogados que estão conosco, acompanham outros desdobramentos.

Agora, poderei buscar livremente emprego para meu sustento, abrir uma empresa de jornalismo ou educação na França, contar com benefícios sociais e estar protegido contra as inúmeras ameaças e aventuras jurídicas da direita bolsonarista.

Infelizmente, por sentença, sou impedido de voltar ao Brasil. O status de asilo político não é um instituto fácil, tampouco de se fazer a mochila e voltar. É algo sério, que demanda luta e gera consequências.

Eu agradeço a Pina Sollero, a deputada Silvia Capanema, os deputados franceses do France Insoumise e todos aqueles que, na França e no Brasil, estiveram comigo esperando por este dia.

Aos advogados, no Brasil, em Portugal, que estão comigo em todas as fases.

Ao governo brasileiro, seus ministros, embaixadores não há, infelizmente, o que agradecer ou pontuar, considerando que não houve qualquer participação ou interesse no caso, sendo essa resposta da França em razão da intervenção dos deputados franceses.

Sigo, como jornalista, como educador popular.
E livre.
Muito obrigado a todos.
Agora esperar até quando vai durar a sua lua de mel com as autoridades Francesas.
 
Last edited:
A maioria dos projetos do cidadão já se deu por encerrado e ainda tá mendigando 8k de pix:
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A última live de fofoca com a colaboradora dele foi 2 meses atrás, e o último episódio do podcast de rua (podtudo) foi 4 meses atrás, a melhor parte foi a descrição do mesmo:
Leitora.png
Coluna de Terça começou no final de 2020 e já temos a "leitora de muitos anos".
 
Last edited:
Gordinho crônicas sobrevivendo de Pix em país estrangeiro sem poder voltar pra terra natal, mas ele sabe o que é melhor pra Argentina:
Argentina.png
 
Gordinho crônicas usando rede social semimorta para reclamar do caminho diferente que seu conterrâneo tomou em vez de melhorar o estado de merda que encontra sua vida.
Anderson frança.png
 
Last edited:
Gordinho crônicas fantasiando desavença que teve com senhora Japonesa:
Roubo.png
Gordinho crônicas diz que se isola de outros Brasileiros por ter vindo do Brasil da Dimensão X:
Dimensão.png
 
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